Navio de carga que afundou no litoral de PE e deixou tripulantes mortos não tinha excesso de peso, diz advogado da empresa dona da embarcação

  • 17/09/2024
(Foto: Reprodução)
Carga pesava cerca de 120 toneladas, abaixo da capacidade permitida, segundo Jadson Borges. Quatro pessoas morreram e outras quatro foram resgatadas com vida. Uma está desaparecida. Navio que naufragou em Pernambuco estava com carga menor que a capacidade, diz advogado O navio Concórdia, que afundou com nove tripulantes a cerca de 15 quilômetros do litoral de Pernambuco provocando quatro mortes, não estava com excesso de peso, segundo o advogado Jadson Borges, que representa a empresa AGS Fretes Marítimos, dona da embarcação. Ele disse que a carga do navio no momento do naufrágio pesava cerca de 120 toneladas, abaixo da capacidade máxima permitida, de 180 toneladas (veja vídeo acima). ✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE Das nove pessoas que estavam no cargueiro, quatro foram resgatadas com vida e quatro corpos foram encontrados, de acordo com a Capitania dos Portos. Uma segue desaparecida. As causas do naufrágio são investigadas pela Marinha. "O problema que aconteceu com o barco não foi excesso de carga, não foi movimentação de carga. Lógico, vai haver um inquérito em que vão identificar as causas reais. Mas, pelas informações preliminares, estão me dizendo que o barco tem um problema de leme, que isso não tem nada a ver com excesso de peso. O fato de o barco estar pesado ou estar leve não interfere. Se houve alguma avaria no leme, não tem nada a ver", afirmou o advogado à TV Globo. Bruna da Silva, esposa do comandante do Concórdia, Edriano Gomes de Miranda, disse que o marido mandou mensagens para ela falando sobre os problemas da embarcação enquanto o navio inclinava. Segundo ela, o leme do barco quebrou há um mês, o que deixou os tripulantes com medo. Jadson Borges, advogado da AGS Fretes Marítimos, empresa à qual pertencia o cargueiro Concórdia, que afundou no litoral de Pernambuco Reprodução/TV Globo Ainda de acordo com Bruna, o comandante acreditava estar sem condições de viajar por causa da quantidade de carga. Ao g1, o proprietário do Concórdia, Antônio Gonçalves, disse, na segunda-feira (16), que o navio "estava cheio". Segundo Jadson Borges, a embarcação tinha um equipamento que media o peso da carga. "É um equipamento que é visível. Você não tem como esconder. Não sei o nome técnico, porque sou um advogado. O barco estava com uma carga a menos [da capacidade]", disse. Documentação do Concórdia Navio cargueiro afunda no litoral de Pernambuco e deixa mortos Reprodução/TV Globo Questionado sobre os documentos da embarcação, Jadson Borges disse que "acredita" estar tudo em dia. De acordo com o advogado, o navio que afundou vale mais de R$ 3 milhões. "Em regra, quem faz transporte marítimo sabe que não pode arriscar. Porque você não tem uma opção de socorro tão fácil como se fosse um evento no continente. Então, o próprio dono do barco tem interesse que o barco esteja em perfeito estado. Porque sabe que, num problema, isso vai ser extremamente oneroso, que é o caso agora", declarou. Também de acordo com o advogado, cerca de 20 pessoas, incluindo funcionários e prestadores de serviço, trabalham na AGS Fretes Marítimos. "Quando o pessoal da empresa soube do problema do barco, no primeiro momento, Antônio [Gonçalves, o dono da AGS Fretes Marítimos] ainda tentou mandar um barco para aguardar o retorno. Foi quando falaram que o problema era leme. Passou um rebocador, eles [os tripulantes] pediram ajuda, e o pessoal rebocou", contou Jadson Borges. Sobrevivente diz que barco tinha problemas Marinheiro Mozart Fonseca falou sobre desespero durante resgate de tripulantes após naufrágio de navio no litoral de Pernambuco Segundo Mozart Fonseca, um dos sobreviventes, a equipe notou que algo estava errado ainda durante a tarde, antes do naufrágio, que aconteceu na noite do domingo (15). Ele contou que a embarcação começou a perder o controle na altura da Reserva de Acaú, em Goiana, no Litoral Norte de Pernambuco (veja vídeo acima). Os corpos de três tripulantes que morreram após o naufrágio foram encontrados a cerca de quatro quilômetros da costa, no início da tarde de segunda-feira (16). O corpo de um quarto tripulante também foi encontrado, mas não há informações sobre o local. Já os sobreviventes, que foram resgatados logo após o naufrágio pelo navio rebocador "Cormoran", foram identificados como: Edvaldo Baracho da Silva; Marcelo Cláudio da Conceição Freitas; Mozart Gomes da Fonseca; Valcei Gomes da Costa. Segundo a Marinha, eles foram atendidos por uma equipe médica em Goiana e, depois, encaminhados para o Recife. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias

FONTE: https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2024/09/17/navio-de-carga-que-afundou-no-litoral-de-pe-e-deixou-tripulantes-mortos-nao-tinha-excesso-de-peso-diz-advogado-da-empresa-dona-da-embarcacao.ghtml


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